Artes Visuais - Aula 10

Artes Visuais
Aula 10

Arte Indígena

          Engana-se quem pensa que arte rupestre é o mesmo que arte primitiva.  Como já foi estudado, a arte rupestre ocorreu na pré-história, há milhões de anos atrás.  A arte primitiva, ao contrário, pode ser encontrada nos dias atuais.  Normalmente, é produzida por uma cultura que se mantêm fiel a hábitos e costumes tradicionais.  A organização social e política é baseada na aldeia e na tribo e economicamente sobrevivem de uma produção rural auto-suficiente.  Ainda existem muitos grupos da cultura primitiva, especialmente, na África, Sul do Pacífico e Américas.
     No Brasil, as tribos indígenas são uma cultura primitiva.  Cada, clima, fauna, flora,influenciou diferentemente na organização e cultura dessas tribos.  A cultura indígena não diferencia a pintura, da escultura, da dança ou da música.  Tudo tem significado e está interligado.  É importante perceber que na cultura indígena um simples objeto utilitário, vem carregado de pintura e forma simbólica.
       A pintura é decorativa.  Utilizam-na para enfeitar armas, utensílios, cerâmicas e o próprio corpo.  A pintura corporal tem formas e cores diferentes e cada uma delas tem um significado.  Por exemplo, existe a pintura para ocasiões especiais, como a guerra, a paz, as circunstâncias religiosas ou as sociais, assim como  existe a pintura do dia-a-dia. O gosto pela pintura corporal está associado à idéia de transmitir a alegria contida nas cores vivas e intensas.  A tinta para a pintura corporal é de material vegetal.  Por exemplo, o vermelho é extraído do Urucum, o preto, do Jenipapo e o branco, da Tabatinga.
          Das culturas indígenas, a dos Kadiwéu foi a que desenvolveu pintura corporal bem mais elaborada.  Os primeiros registros de sua pintura, que impressionou fortemente os colonizadores europeus, datam de 1560.  Muito tempo mais tarde, foi analisada também por vários estudiosos, entre os quais o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss (1908-2009), que esteve entre os indígenas brasileiros em 1935.  
           Os desenhos dos Kadiwéu são geométricos, complexos e revelam equilíbrio e beleza que impressionam o observador.  Além do corpo, que é o suporte próprio da pintura Kadiwéu, os seus desenhos aparecem em vasos e pratos de cerâmica, artefatos de couro, esteiras e abanos, o que faz com que seus objetos domésticos sejam inconfundíveis.  
      Além da pintura, as civilizações indígenas valorizam muito os adornos corporais.  Enfeitam-se com pulseiras feitas de sementes, dentes e ossos de animais; máscaras; cocares e mantos feitos de penas e plumas, também chamados de Arte Plumária.  Os adornos são ricamente coloridos.
          A  arte plumária, expressa em mantos, diademas e colares, é muito especial por não estar associada a nenhum fim utilitário e, sim, apenas, à pura busca da beleza.  É possível que sua função seja também demonstrar o poder e a grandeza de seu usuário.  
          Algumas tribos: Tribos e índios: Arakita, Kaiapós, Bororo,Kaapor, Kamaiurá, Xavante, Tukano, Apalay, Karajá, Assurini, Sateré-Maué, entre outros. 
        Os indígenas contam com ampla variedade de elementos naturais como matéria-prima para seus objetos.  Madeiras, cortiças, fibras, palmas, palhas, cipós, sementes, cocos, resinas, couros, ossos, dentes, conchas, garras e belíssimas plumas das mais diversas aves. Com material tão variado, as possibilidades de criação de objetos são muito amplas.

              












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